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Foto: Codecom/CG
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Em Campina Grande, o mês de junho vai muito além das bandeirinhas coloridas, do forró pé de serra e das comidas típicas. Durante O Maior São João do Mundo, a Rainha da Borborema respira cultura, tradição e emoção em cada canto da cidade. E dentro dessa grandiosa programação, um evento se destaca como um dos momentos mais simbólicos e emocionantes: o Casamento Coletivo, prometendo, mais uma vez, encantar o público e realizar sonhos.
Realizado pela Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Cultura (Secult/CG), na icônica Pirâmide do Parque do Povo, o coração pulsante do São João de Campina, o Casamento Coletivo acontece nesta quinta-feira, dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio e Dia dos Namorados, a partir das 19h. Mais do que uma cerimônia, é um verdadeiro espetáculo de cultura e fomento social, reunindo casais das mais diversas histórias, para celebrar o amor em meio a uma das maiores festas populares do país.
Entre os casais que vão dizer o tão sonhado “sim” na edição de 2025 estão Jane e Jean, protagonistas de uma história digna de romance junino. Eles se conheceram ainda jovens, foram o primeiro amor um do outro, mas seguiram caminhos diferentes. Jane se casou e ou 25 anos em outro relacionamento, enquanto Jean também construiu sua vida e ficou 20 anos casado.
Por mais de duas décadas, não tiveram notícias um do outro, até que, após a viuvez de Jane, o destino resolveu reescrever sua história. Eles se reencontraram e, juntos novamente, decidiram realizar o sonho antigo: casar-se n’O Maior São João do Mundo.
“Ele foi meu primeiro namorado e eu também fui a primeira namorada dele. Depois, o namoro acabou e cada um seguiu sua vida. Eu casei com outra pessoa, ei 25 anos casada, e ele ou 20 anos casado. E, durante esses 25 anos, eu não tinha notícias dele. Eu fiquei viúva e um tempo depois ele reapareceu. E hoje vamos nos casar n’O Maior São João do Mundo. Sempre foi o meu sonho casar vestida de noiva e agora vou realizá-lo. Essa é a nossa história, depois de 25 anos separados, a gente se encontrou”, contou Jane.
Um evento que nasceu de uma ideia visionária
A tradição do Casamento Coletivo em Campina Grande carrega consigo uma história de dedicação e visão social. Idealizado por um grupo de mulheres determinadas, o evento começou a tomar forma durante uma reunião estratégica entre Fábio Nogueira, então chefe de gabinete na gestão do ex-prefeito Cássio Cunha Lima, Temi Cabral e Cléa Cordeiro, que atuava como diretora de marketing da Secretaria de Turismo.
“A ideia de realizar o Casamento Coletivo n’O Maior São João do Mundo surgiu em uma reunião estratégica entre Fábio Nogueira, Temi Cabral e eu, que era diretora de marketing da Secretaria de Turismo. Em seguida, fizemos uma reunião e formamos uma comissão com Alessandra Donato e Lavínia Navarro. Conversamos com os casais, que pensavam que era um casamento de fogueira, mas explicamos que tudo sairia da prefeitura, com todo o aparato jurídico necessário para que o casamento tivesse realmente validade. O casamento foi realizado em frente à Catedral cenográfica, pedindo a Deus para que não chovesse. A orquestra sinfônica fez a parte musical e tudo foi retransmitido por todas as TVs da época”, relembrou Cléa Coredeiro.
A primeira edição oficial, em 1999, contou com 30 casais e foi conduzida pelo juiz Dr. Jairo. A coordenadora pioneira, Lavínia Navarro, recorda com carinho do momento.
“O juiz foi o Dr. Jairo e o casamento foi feito na Catedral cenográfica do Parque do Povo. Foi muito gostoso de fazer, mas também foi muito difícil porque as pessoas achavam que ia ser um casamento matuto. Alguns dos casais não tinham documento e a gente teve que ir atrás para eles poderem dar entrada nos papéis. Fizemos bolo gigante e tudo como manda o figurino de um casamento bem tradicional, como se fosse na igreja”, comentou Lavínia.
Ao longo dos anos, o Casamento Coletivo tornou-se muito mais do que uma cerimônia. Ele se consolidou como ato de inclusão social e resistência cultural, promovendo o o gratuito à formalização do matrimônio para casais que, de outra forma, talvez não conseguissem realizar esse sonho. Além disso, é um símbolo de união comunitária e valorização da cultura nordestina, onde o amor e a tradição são celebrados de forma coletiva e memorável.
O evento também ou por uma repaginação, com mudanças significativas que ampliaram sua grandiosidade. Deixou a antiga Catedral cenográfica e ou a ser realizado na Pirâmide, coração do Parque do Povo, aumentando o número de noivos de 30 para 100 casais e incorporando elementos culturais, apresentações musicais e atividades lúdicas que enriquecem a experiência de todos os participantes.
Em 2025, a tradição segue viva, e promete ainda mais emoção. Como destaca o secretário de Cultura, André Gomes.
“O Casamento Coletivo é um dos momentos mais emocionantes e simbólicos d’O Maior São João do Mundo. Além de celebrar o amor, ele preserva e fortalece nossas tradições, garantindo que a festa não seja apenas um evento junino, mas um patrimônio cultural vivo, que transforma vidas e eterniza histórias. Este ano, mais uma vez, teremos novidades e, claro, muita emoção para todos que acompanharem”, reforçou o gestor.
O Amor celebra-se na terra d’O Maior São João do Mundo
Com histórias como a de Jane e Jean, a memória de quem idealizou, e o brilho de quem hoje faz parte dessa tradição, o Casamento Coletivo de Campina Grande segue como um espetáculo de cultura, solidariedade e amor, onde o matrimônio se entrelaça à cultura popular e ao orgulho de ser nordestino.
E neste 12 de junho, quando os casais disserem o tão esperado “sim” sob as luzes e a magia da Pirâmide do Parque do Povo, a cidade inteira, mais uma vez, será testemunha de que, em Campina Grande, o amor também é motivo para festa — e que a tradição e a emoção podem caminhar de mãos dadas, para sempre.
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