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Jair Bolsonaro pede desculpas publicamente a ministro do Supremo gt4p

Da Redação*
Publicado em 10 de junho de 2025 às 17:06

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Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se desculpou nesta terça-feira (10) ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por ter dito que o magistrado e outros dois integrantes da corte, Luiz Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, estariam ganhando direito no contexto das acusações de fraudes eleitorais.

“Me desculpem, não tinha essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta dos senhores três”, afirmou.

“Minha retórica me levava a falar dessa maneira. Essa reunião não era para ser gravada, era reservada. Alguém gravou de má-fé, senão eu não estaria explicando aqui agora”, disse.

Bolsonaro é interrogado como réu da trama golpista de 2022 pelo ministro, que perguntou a respeito de uma imputação da PGR (Procuradoria-Geral da República) de que Bolsonaro incentivou a deslegitimação da justiça eleitoral.

Moraes leu um trecho de declarações. Bolsonaro citava Moraes, e os colegas: “Perder uma eleição não tem problema nenhum, não podemos perder a democracia numa eleição fraudada. Não vou falar isso aí que o Alexandre está levando US$ 50 milhões. Não vou falar porque não tenho prova”.

O ministro perguntou quais eram os indícios “de que nós estaríamos levando milhões”.

“Não tem indício nenhum, ministro. Era um desabafo. Não era para ser gravado. Se fossem outros três no posto eu estaria falando a mesma coisa, pela minha retórica. Por ocasião das eleições, eu não pude fazer live do Palácio do Alvorada por decisão do TSE. Não pude usar imagens minhas na ONU, do outro candidato lá numa comunicada do Rio de Janeiro usando gorro do X, do enterro da rainha Elizabeth.”

“Quase tudo era proibido. Eu não podia abaixar o preço do combustível como se eu fosse fazer isso em uma canetada. Eu fui alvo de muita coisa. Agora, o outro lado podia tudo, até me chamar de genocida. Eu queria mostrar imagem, eu fui tolhido. O maior prejuízo que eu tive foi não poder usar imagens no 7 de Setembro”, disse Bolsonaro.

Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas às claras, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.

Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.

Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo itiu publicamente, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE e anular as eleições.

Saudosista da ditadura militar (1964-1985) e de seus métodos antidemocráticos e de tortura, o ex-presidente já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é réu no STF sob a acusação de ter liderado a trama golpista de 2022. Hoje está inelegível ao menos até 2030.

Caso seja condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode ar de 40 anos de prisão.

* ANA POMPEU E CÉZAR FEITOZA/folhapress

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